Olhar para trás nos dá a chance de refletir, recalcular a rota, tirar lições aprendidas do que vivenciamos e ser realista em relação aos objetivos os quais nos propusemos no passado.
É um processo fundamental para ajudar a modelar o nosso futuro e direcionar nossas ações, mas também poder ser gerador de grande frustração, tristeza e ansiedade.
Se você, quando fez o seu balanço de como foi 2020 até aqui, sentiu essas emoções que acabei de listar, saiba que isso faz parte do nosso desejo de ir além e fazer melhor. O importante é não se deixar afogar por sensações ruins e desperdiçar a sua energia nisso. Afinal de contas, já foi! Já passou! O que temos em mãos é o agora e a chance de aproveitar o nosso tempo da melhor forma.
Fazendo um adendo a este artigo, quero compartilhar uma metáfora que utilizo com bastante frequência com os meus clientes quando trabalhamos o tema autossabotagem e que pode ajudar você a sair de momentos onde a sua crítica interna fica muito alta:
A metáfora do copo quebrado
Eu sempre trabalho com um copo de água de vidro do lado direito da minha mesa, ao lado do computador. Se, sem querer, eu esbarrar nele e ele cair no chão e quebrar, generalizando, há duas opções de reações automáticas:
1. Esbravejar falando meia dúzia de palavrões e ficar bem irritada com tudo o que aconteceu, me criticar, criticar a situação e limpar tudo com raiva ou sensações parecidas;
2. De forma ágil, limpar a bagunça refletindo sobre o que pode ser feito para evitar que isso se repita ou tirando aprendizados desse evento: poderia deixar o copo do lado esquerdo, poderia colocar um aparador antiderrapante ou então, poderia mudar para um copo de plástico já que toda hora eu quebro um copo mesmo...
Uma coisa é fato, qualquer energia gasta nesse evento não vai fazer o copo voltar a virar copo, agora são apenas pedaços de vidro. Esse evento está dado, ou seja, já aconteceu e não tem como voltar no tempo para modificá-lo. Gastar energia reclamando, esbravejando ficando irritado não agrega nenhum valor: o copo já quebrou.
E a nossa vida é assim, cheia de eventos inesperados, cheias de copos quebrados. Não temos como controlar o que já aconteceu ou o que está por vir, mas podemos escolher como iremos lidar com as situações que invadem a nossa rotina. Essa decisão nos pertence.
Portanto, olhe para o seu balanço de forma construtiva. O que você tira de aprendizado dele? Quais foram os maiores insights?
Então, vamos em frente com esse olhar de construção e, ao invés de gerar cobranças pessoais excessivas, olhe para os aprendizados e como construir diferente ou melhor daqui para frente.
Seguimos juntos.
Ainda temos 6 meses por vir e nada como organizar a nossa mente, vida e metas de forma eficiente para ir ao encontro dos nossos objetivos.
Objetivos! Esse é o ponto chave de qualquer processo de organização, planejamento ou elaboração de metas. Definir objetivos pode ser o fator crítico de sucesso ou de frustração e esse foi um dos principais aprendizados que já tive quando se trata de fazer planos.
Há uns 10 anos, eu e um grupo de amigos criamos um acordo anual: a gente se encontrava no fim do cada ano para fazer uma retrospectiva e para definir os objetivos do ano que estava por vir. A gente anotava tudo em um papel, que ficava guardado comigo a 7 chaves (era proibido rever durante o ano e a gente só relia no final do ano seguinte). Éramos 4 fazendo essa construção. Vivenciamos isso por uns 3 anos, se não me engano. Todo ano a mesma pessoa, uma amiga, cumpria a maior parte dos seus objetivos enquanto eu e as outras duas pessoas ficávamos “a ver navios” e na esperança de um “ano melhor”. Em um desses eventos, a nossa frustração foi tão grande que essa amiga dando muitas risadas trouxe um dos maiores aprendizados de planejamento que já tive: “é claro que vocês nunca cumprem os seus objetivos, vocês não sabem traçar metas realistas!”.
Nossa! Aquela frase me marcou profundamente! Parece tão óbvio, tão óbvio que mal compreendi como estava errando tanto nisso. Bem, aprendi.
Essa é a pura verdade. Normalmente, quando paramos para fazer um plano ou gerar algumas metas, a gente pensa no mundo perfeito, na rotina ideal e ainda junta grandes objetivos em áreas da vida completamente diferentes. Quando a realidade chega, é impraticável dar conta de tudo!
Por isso, em primeiro lugar, preciso que você tenha essa consciência: gere objetivos realistas para você! Objetivos que são possíveis dentro da sua rotina, das suas obrigações pessoais, familiares e financeiras. Combinado?!
Agora, munidos desses 2 aprendizados, (1) ter uma visão construtiva de eventos passados e (2) pensar em objetivos realistas, podemos começar.
A proposta desse plano vai ser simplificar para torná-lo possível. Se estivéssemos em um Processo de Coaching formal, com o seu desenvolvimento e acompanhamento, faríamos algo muito mais robusto e completo.
Então, seguindo essa proposta, pense: Qual é a única coisa que se você cumprir até o final do ano vai dar a sensação de que valeu à pena?
Foque em uma única coisa, factível.
Se várias coisas vierem a sua cabeça, busque priorizar. Qual delas é a mais importante? Por quê? Sinta o impacto da realização desse objetivo, imagine como se você já tivesse conseguido e perceba através das suas emoções se ele é de fato o principal.
Anote esse objetivo.
Para cumprir um objetivo maior e que demanda alguma dedicação e tempo, é fundamental “dividi-lo” em partes menores, em sequência de ações, ou ações continuadas que irão contribuir para a sua consolidação. Então, escreva, pelo menos, 3 metas vinculadas a esse objetivo principal. Por exemplo:
Objetivo: Aumentar a dedicação para a conseguir uma nova vaga de emprego
Metas:
1. Atualizar o Currículo e LinkedIn
2. Ativar o meu networking
3. Selecionar vagas e empresas aderentes ao meu perfil
Agora, precisamos transformar essas metas em ações diárias ou semanais que devem ser acompanhadas por você através de planner, agenda ou planilha, o que você preferir.
Particularmente, eu gosto bastante de acompanhar as minhas metas através da minha agenda virtual e dos aplicativos de gerenciamento de atividades como o ToDoist ou Trello.
Feito isso, temos um caminho a seguir cujo enfoque será uma realização principal. Excelente! Poderíamos parar por aqui, mas quero garantir que você tenha as condições favoráveis para colocar seu plano em prática.
Algo que ajuda demais nesse sentido é pensar na lista de coisas que você vai deixar de fazer daqui para frente. Assim, você terá tempo para focar no que realmente importa. Não precisa eliminar tudo de uma vez, pode ser aos poucos, mas pense nas atividades que consomem seu tempo e que podem ser substituídas por ações que irão levar ao seu compromisso principal.
Daqui para frente é entrar em ação e acompanhar seu desempenho. Você pode fazer isso através de aplicativos de mapeamento de hábitos, de planners, agendas, quadros, da maneira que preferir. Não há certo ou errado, há a forma mais efetiva para você.
Fazer algo como sugeri, às vezes, pode ser muito desafiador. Estabelecer uma simples meta ou objetivo pode parecer impossível se eu não tenho clareza do que quero para minha vida.
Se para você é difícil começar algo assim ou se você deseja fazer algo mais completo, entre em contato para que eu possa te ajudar nessa construção. Existem muitas formas de gerar clareza e planejamento de carreira e vida, com ajuda profissional podemos ir muito além e montar essa rota da melhor forma!
Conte comigo!
Grande abraço,
Germana.
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